segunda-feira, 29 de março de 2010

Veneza, misteriosos personagens e suas máscaras.

Foi muito bom chegar em Veneza e verificar que toda aquela historinha de que nada acontece no Carnaval de Veneza é pura falta de informação... Primeiro havia milhares de pessoas nas ruas, mesmo com o frio e tempo nublado daquele primeiro dia. Seguramente muito diferente do que normalmente é, porque você não imagina a quantidade de gente! Muita mesmo. Hordas de pessoas. Depois, a Piazza San Marco estava toda iluminada, paramentada, vestida e montada, como estavam montados e fantasiados os turistas ou moradores ou visitantes... Personagens a vagar pelas ruas de Veneza. Personagens do século XVI ou XVII, lindos, lindos!! Todo mundo com máscara. Todo mundo no clima do carnaval. Até os funcionários dos hotéis. Isto foi sensacional. Me senti no século XVII. Você vai caminhando por entre as ruelas e canais e, de repente, se depara com aquela figura a rodopiar. Ela naquela máscara e aquela máscara ali, sobre aquele rosto. Que rosto? Ninguém sabe. No Carnaval de Veneza ninguém é ninguém. Todos são um personagem. Todos são máscaras e são lindos de morrer! Você tem vontade de se mascarar e ser ninguém. Você entra na fantasia dos grandes bailes do século XVII e também quer ser um personagem, vagando pelas apertadas ruelas, sobre as pequeninas pontes, sob os balcões onde, quem sabe, reis e rainhas, um dia, estiveram rindo numa noite, num baile... Esta poderia ser uma cena daquela época. E as máscaras ali, entre nós, com seus mistérios. E os mistérios ali entre nós, como essa menininha. Me apaixonei por ela. Pra mim era uma pequena princesa contemplando o por do sol numa atitude delicada e tranquila que só as princesas tem. Linda! E as máscaras entre nós. Sensualidade. E num campo qualquer, depois de muitas pontes, ruas, piazzas e canais, encontramos o casal moderno. E as máscaras entre nós. Românticas. E o personagem na multidão. Eu posso sentir o olhar dele. Ele me olha. Misterioso. Na Piazza San Marco. Fotos: Adriana Mendes

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